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JOIN IN/PARTICIPE

Have you been in Praia da Vitória Bay bird watching? Have you participated in the survey?

Than thank you very much! We were able to perform 100 questionnaires and obtained proper results concerning bird watching activity in Terceira and the most valued management action for Paul da Praia, Belo Jardim and Cabo da Praia.

All this information has been presented to decision makers, stakeholders and general public.

From the blog you can download first version of the platform where all information concerning the survey can be observed. 

Soon we will produce a short version of this results in English.

Any comment and question don´t hesitate to contact me.
All the best
Helena

PARTICIPE/JOIN IN

Já esteve na Baía Praia da Vitória a ver aves? Participou no questionário?

Então muito obrigada! Conseguimos realizar 100 questionários. Estes dados permitiram, de forma consistente, a caraterização socioeconómica da atividade de observação de aves na Terceira tal como, perceber que medidas de gestão são mais valorizadas pelos praticantes desta atividade.

Toda a informação foi apresentada aos diversos intervenientes e interessados no tema.

A partir do blog do projeto pode ser descarregada a plataforma de simulação que inclui resultados obtidos através do questionário.



Qualquer comentário ou sugestão, não hesite em contactar-me
Até breve
Helena

Birdingazores.com uma fonte de dados valiosa

A construção deste Sistema de Apoio à Decisão tem como propósito fundamental a compilação de informação produzida por outras entidades, valorizando os esforços precedentes a este trabalho. Assim sendo, ultimamente estivemos a analisar de forma detalhada o site desenvolvido por Staffan Rodebrand e Bo Thoor, para chegar a uma caracterização preliminar. Aqui ficam alguns resultados:
NOTA: Estes valores não representam o número total de observadores de aves na Ilha Terceira, mas sim aqueles que colocaram informação sobre avistamentos no site BirdingAzores. Os dados de 2011 já incluem os resultados obtidos no questionário.
   


Verifica-se que a visitação aumenta ao longo do tempo. Em 2005 registam-se 34 observadores que utilizaram o site BirdingAzores para registar os seus avistamentos. Durante o primeiro semestre deste ano, 54 observadores já estiveram na Terceira. O ano de 2010 foi o ano em que se assinalou um maior número de visitantes (94), no entanto, 2011 poderá ultrapassar este valor. No total, regista-se a presença de 201 visitantes em 6 anos. O total de visitas inserido é igual a 418, o que significa que parte destes visitantes volta anualmente.
 
Cerca de metade da totalidade dos visitantes visitou a Terceira pelo menos duas vezes (92 observadores). Existe um grupo de cerca de 30 observadores que visitou a Terceira pelo menos quatro vezes.

As próximas etapas

As oficinas de 2010 possibilitaram o desenvolvimento conjunto de uma série de modelos conceptuais essenciais para o delineamento das próximas etapas deste trabalho.

O modelo conceptual da Baía da Praia da Vitória abarca um elevado número de relações entre as actividades humanas e as características ambientais. O modelo geral pode ser resumido através do seguinte mapa conceptual:
A transposição deste modelo conceptual para um modelo de simulação de cenários é um trabalho moroso e faseado. Assim, e com base nos resultados das etapas anteriores, a análise irá focalizar nas relações entre as zonas húmidas e as actividades recreativa e económica da Observação de Aves.
Os actuais objectivos são:
  • Caracterizar os tipos de observadores de aves que visitam a Baía da Praia da Vitória;
Esta caracterização implica a análise das necessidades, de modo a aproximar a oferta à procura.
  • Identificar o impacto económico desta actividade na economia local;
A compreensão deste impacto poderá auxiliar futuros processos de tomada de decisão quanto ao investimento nesta área.
  • Averiguar que tipo de acções poderá melhorar as condições ambientais e de observação de aves nesta zona.
Esta informação será compilada de forma hierarquizada, para que os decisores possam identificar as acções prioritárias.
Em paralelo a esta análise, iremos trabalhar juntamente com a população residente, com os seguintes objectivos:
  • Entender a actual relação dos residentes com os Pauis;
  • Identificar as actuais necessidades e expectativas em relação a estas zonas.
Através desta análise, o objectivo final será descrever numericamente o conjunto de relações descritas no modelo conceptual seguinte:

Modelos Conceptuais na Baía da Praia da Vitória


Modelos são simplificações da realidade que permitem compreender o seu funcionamento, testar hipóteses e perceber o possível impacto de uma decisão ou alternativa. A modelação envolve a selecção rigorosa das variáveis e processos relevantes para um determinado objectivo ou cenário pretendido. A inclusão de elementos não essenciais aumenta a complexidade do modelo sem benefícios no alcance dos objectivos.

Modelos conceptuais implicam a análise qualitativa do sistema. Per se, a criação de modelos conceptuais é um exercício relevante para a compreensão do sistema e comunicação da percepção, interesses e valores do modelador. Esta análise qualitativa pode ainda ser integrada como o primeiro passo na criação de um modelo matemático, que pressupõem a transição de uma análise qualitativa para uma análise numérica do sistema. No modelo conceptual as variáveis e os processos são definidos como “quais” e “como”. No modelo numérico o objectivo é perceber o “como” através do “quanto”.

Ao longo do mês de Dezembro de 2010 ocorreram duas oficinas que culminaram na criação de modelos conceptuais sobre as questões abordadas neste projecto:

- Gestão das Zonas Húmidas: Paul da Praia, Cabo da Praia, Belo Jardim.

- Impacto e evolução das obras de engenharia pesada.

De seguida apresentam-se os resultados obtidos.

Oficina - Modelos Conceptuais sobre Gestão das Zonas Húmidas: Paul da Praia, Cabo da Praia, Belo Jardim.

Qual a duração?
A Sessão começou por volta das 17h30 e terminou à 20h00, 30 minutos depois do final previsto.

O Programa:

Quem esteve presente?
O objectivo da Sessão foi a reflexão conjunta sobre a gestão das Zonas Húmidas ao longo da Baía da Praia da Vitória. Para isso, foram convidados os agentes interessados (stakeholders) no tema, ou seja, indivíduos com competências de Gestão do espaço, utilização comercial e não-comercial.
Trabalhar em Gestão Integrada implica olhar a complexidade de forma eficaz e simples. Uma das simplificações necessárias é a criação de categorias de uso/actuação. Em cada categoria são identificados indivíduos que aportem à reflexão da sua experiência, competências, interesses e valores. A categorização facilita a identificação de agentes e garante que nenhum elemento é esquecido. Contudo, é evidente que cada participante pode ser incluído em duas ou mais categorias.
O gráfico seguinte coloca os 18 participantes da oficina numa das 4 categorias criadas: ONG, Governação, Turismo e Investigação. Adicionou-se ao gráfico a especialidade de alguns dos participantes, informação obtida através dos questionários.

Foram convidados 34 indivíduos no total, no entanto, 47% não conseguiram estar presentes. Em 2011, novas Oficinas serão organizadas e, consequentemente, a oportunidade de participar mantém-se. Para além disso, a qualquer momento os interessados podem entrar em contacto connosco, de modo a contribuir para o projecto.

Resultados da Chuva de Ideias

A Chuva de Ideias envolveu a reflexão individual sobre as variáveis que definem o sistema em análise - Baía da Praia da Vitória e Gestão das Zonas Húmidas. Cada variável foi categorizada na respectiva dimensão do sistema: Económica (cartões cinzentos), Ecológica (cartões verdes), Cultural (cartões amarelos) e Regulamentar (cartões azuis). Ao todo foram identificadas 97 variáveis. Grande parte das variáveis identificadas está relacionada com a componente humana (48% componente económica e cultural), seguida pela componente ecológica (32%).
O objectivo final desta Chuva de Ideias foi a caracterização do sistema real, ou seja, a identificação dos elementos essenciais que descrevem a situação actual. No entanto, ao longo do processo a informação obtida contempla também algumas das situações futuras ou cenários possíveis.
O seguinte resumo pretende apresentar os resultados da discussão e não apresenta nenhuma interpretação ou informação adicional por parte do relator. Neste momento limitamo-nos a descrever a informação e o discurso dos participantes.

Na dimensão cultural referiu-se…

Na dimensão regulamentar mencionou-se…

Na dimensão socioeconómica referiu-se…

Na dimensão ambiental foram mencionados…

Os Modelos Conceptuais

Após a identificação das variáveis, prosseguiu-se para a criação dos Modelos Conceptuais, ou seja, a explicação dos processos que relacionam as variáveis. Os 18 participantes foram repartidos em 4 grupos heterogéneos com 3 a 5 pessoas que, durante cerca de 45 minutos, trabalharam na construção de um Mapa Conceptual. No total foram criados 5 Mapas Conceptuais, descritos de seguida:

Modelo conceptual criado por um grupo de 3 pessoas.

Neste Modelo Conceptual, os participantes tentam descrever o sistema actual. As variáveis ambientais mencionam a poluição e a necessidade de manter a qualidade ambiental. A nível socioeconómico são identificadas actividades existentes no sector industrial e recreativo. A dimensão ambiental condiciona as actividades socioeconómicas, que por sua vez apresentam impactos negativos (poluição). A dimensão regulamentar é definida por planos (POOC, PDM, PROTA) e uma directiva comunitária (RAMSAR), o que revela a necessidade de contemplar estratégias de desenvolvimento que reforcem a importância das Zonas Húmidas. Assim, a regulamentação é vista como um instrumento de salvaguarda das características ambientais e de organização das actividades económicas e culturais. Consequentemente, as características ambientais e a dinâmica socioeconómica estimulam a criação de instrumentos de regulamentação. A componente cultural é descrita por valores que já existem e por valores que devem ser fomentados. O envolvimento cultural da população com o ambiente é visto como potenciador da participação activa ao nível da regulamentação. Há uma relação bidireccional entre a dimensão cultural e ambiental, pois da mesma forma que os valores culturais condicionam questões ambientais, o próprio estado ecológico pode condicionar os valores culturais. Exemplo deste processo de retroacção é a história do Paul da Praia; a degradação deste sistema conduziu à desvalorização generalizada da zona, considerado durante muito tempo uma lixeira.

Modelo criado por 4 pessoas.

Neste Modelo Conceptual, os participantes começaram por definir cada dimensão como uma componente individual. Entre as componentes foram definidas áreas de cruzamento, em que o funcionamento de uma componente influencia outra. Esta interacção implica gestão integrada e consequente regulação. Este grupo considera essencial definir concretamente os pontos de sobreposição, ou seja, de usos comuns e conflituosos, para que a reflexão integrada seja direccionada e eficiente. A reflexão integrada deve ser operacionalizada através de espaços de comunicação entre as Instituições envolvidas e não através da criação de uma nova Instituição gestora. Cada componente foi caracterizada através da selecção de diversas variáveis. Na componente cultural foi focada a necessidade de fomentar a Educação Ambiental, o contacto com a Natureza, para que atitudes com impacto negativo, nomeadamente hidrofobia, repugnância das zonas húmidas e deposição ilegal de lixo, sejam eliminadas. Na componente ambiental, foram seleccionadas variáveis relativas a pressões (ruído, afluentes e alterações climáticas), necessidades (qualidade balnear e investigação a longo prazo) e potenciais económicos (aves). Na componente socioeconómica é mencionada a existência do Parque Industrial, a pesca e a possibilidade de alargamento do Porto Comercial, com impactos na zona húmida adjacente (Belo Jardim), bem como a criação de um laboratório pluridisciplinar direccionado para o estudo das Zonas Húmidas.

Modelo criado por 3 pessoas.

Nesta mesa, os participantes apresentaram um Modelo Conceptual de uma possibilidade para o Futuro, um cenário: a criação de uma Entidade Gestora das Zonas Húmidas. Esta empresa permitiria a criação de negócios com base nos valores da biodiversidade e a criação de um laboratório de estudos sobre Ecologia e Biodiversidade local. Estas acções teriam impacto na dimensão socioeconómica, através da criação de emprego (observação de aves, merchandising, turismo). Esta empresa teria também valor a nível cultural, com actividades de Educação Científica, Ambiental, Preservação da História e incentivo à prática de fotografia da Natureza. Prevê-se um processo bidireccional, pois a funcionalidade da empresa depende da aprovação das medidas desenvolvidas por parte da população. Para além das relações entre a entidade gestora e as componentes do sistema, o modelo mostra que a dimensão cultural pode ser influenciada directamente pelas condições ambientais e socioeconómicas.

Modelo criado por 3 pessoas.

Este modelo conceptual abrange a maior quantidade de variáveis. O modelo dá ênfase à importância da compreensão do funcionamento ecológico das Zonas Húmidas numa óptica de sustentabilidade. Assim, este modelo inclui variáveis que caracterizam a situação actual e outras que descrevem uma possível alternativa de Gestão. Para além da identificação de variáveis ecológicas que representam as zonas húmidas (ex: aves, insectos, nidificação, sucessões ecológicas) são identificadas variáveis ecológicas externas (alterações climáticas, orla costeira, e afluentes). A componente cultural inclui pressões (festas, caça e pesca), construção da paisagem (património edificado) e valores a fomentar (contacto com a Natureza, valorização ambiental, usufruto para Lazer, etc). Este grupo propõe uma Câmara de resolução de conflitos, que pressupõe um espaço de discussão e decisão conjunta entre as Instituições já existentes. A Educação Ambiental e Científica surge como estratégia para fomentar os valores identificados. A dimensão socioeconómica divide-se entre actividades que aproveitam as características ambientais e outras que poderão apresentar impactos negativos. Tendo tal factor em consideração, a responsabilidade e sustentabilidade são consideradas essenciais na Gestão destas áreas. Na dimensão regulamentar identifica-se ainda o Plano Regional da Água como regulador da qualidade dos efluentes e o PDM, que regula o Património edificado. 
Modelo criado por 4 pessoas.

Este mapa conceptual representa uma visão sobre a futura Gestão da zona em questão. O modelo centra-se na necessidade de responsabilidade a nível socioeconómico, aliada à utilização do conhecimento como valor cultural. Este facto é sublinhado pela relação entre a responsabilidade e o conhecimento que apresentam nas diferentes dimensões; geram qualidade e sustentabilidade ambiental, garantem emprego e sustentam actividades recreativas. Desta forma, o centro deste modelo é composto por estas características, mas são também identificadas relações directas entre as dimensões. O emprego depende das acções das entidades gestoras e reguladoras, mas depende também da promoção de actividades recreativas. A componente regulamentar tem implicações na dimensão ambiental e vice-versa, ou seja, as condições ambientais podem influenciar a dimensão regulamentar. A componente ambiental tem também uma relação directa com a dimensão cultural. Em suma, este modelo apresenta varáveis centrais e processos de retroacção entre componentes.
 
Entre os modelos
Comparando os modelos conceptuais criado verifica-se que as variáveis culturais mais frequentes são:
- Usufruto para lazer
- Festas e Festivais
- Educação ambiental
A nível ambiental destaca-se:
- Qualidade das Zonas Balneares
- Qualidade dos efluentes
Na dimensão socioeconomia as variáveis mais repetidas foram:
- Turismo
- Emprego
- Desportos náuticos
- Parque industrial

Os questionários finais

Os últimos 10 minutos da Oficina foram dedicados ao preenchimento de um questionário individual, que permitiu retirar importantes ilações sobre o evento, tal como, em relação às próximas etapas do projecto.

 Mediante os resultados verifica-se que todos os indicadores escolhidos apresentam classificações positivas. Esperamos que as classificações continuem elevadas durante todo o projecto.
 
Neste gráfico podemos observar a maioria dos participantes participaram na etapa de 2009. A percentagem de participantes que visitaram o blog é reduzida. No entanto, esperamos que a utilização este instrumento de comunicação aumente.

Comentários sobre a sessão e o projecto no global

CENÁRIOS PROPOSTOS
Impacto de recuperação das zonas húmidas; impacto económico dessa recuperação (turismo; origem dos visitantes; gastos na ilha).
Perda de areia na Praia da Vitória; Aumento/Decréscimo do nº de indivíduos de aves marinhas.
Respeito pelos acessos tradicionais ao mar; Respeito pela memória colectiva no que toca os enfiamentos visuais sobre a baía; 
Melhoramento do saneamento urbano e industrial; 
Alteração dos hábitos de poluição por parte das populações.
O cenário do eventual (infelizmente) artificialização da orla costeira do Cabo da Praia e Paúl da Pedreira.
Abordagem integrada resolvendo as dinâmicas negativas que por lá existirem
Legislação aplicável directamente às zonas húmidas; Centro de Interpretação ambiental
Cenário de perturbação e regulação de zonas costeiras



Conclusões prelimanares

Através desta dinâmica obtivemos dados essenciais para a construção de um modelo conceptual final, tal como, dados preliminares sobre os possíveis cenário a incluir no modelo numérico.
Segundo os participantes, esta foi  uma oportunidade interessante para a discussão de temas comuns entre indivíduos de áreas diferentes.
Brevemente enviaremos informação sobre as próximas etapa da formulação do sistema.
Todos os comentários e contributos são bem-vindos.
Muito obrigada a todas as pessoas que participaram no projecto até aqui.